TRINCA URBANA - HARMONIA
A experiência da viagem junto a janela do suburbano: são locais, rostos, traços, cores, vazios, pensamentos, lembranças, ideias... Tudo se mistura e estabelece ligações com outras referências, tudo muito próprio, muito próximo, tudo muito alheio. Passado, presente e futuro, perto e distante, real e imaginário são impressões que surgem e insinuam um roteiro do qual certamente nos perderemos.
A presente mostra não traz paisagens urbanas mas suas informações primordiais, seu DNA, aquilo que gera o urbano.
Talvez aqui não se reconheça de imediato o grafite de uma empena cega que domina a paisagem, ou os rostos que observam o fluxo de passageiros do metrô ou ainda os murais de gravuras de grandes dimensões estrategicamente posicionados e este é outro aspecto (in)comum nesta trinca: a conquista do espaço público urbano e as grandes dimensões. Também interessante citar o vínculo dos participantes com a região do Grande ABC, o que reforça a ideia da grande metrópole, além de suas ligações com outros centros urbanos ao redor do mundo.
A arte enfim sai do cavalete e do museu para cumprir seu papel: provocar, despertar, tocar, pegar na mão do transeunte, se misturar e se perder na multidão e nos tantos caminhos da metrópole.
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