TRINCA URBANA - HARMONIA

ALEX FLEMMING - DANIEL MELIM - FRANCISCO MARINGELLI

A experiência da viagem junto a janela do suburbano: são locais, rostos, traços, cores, vazios, pensamentos, lembranças, ideias... Tudo se mistura e estabelece ligações com outras referências, tudo muito próprio, muito próximo, tudo muito alheio. Passado, presente e futuro, perto e distante, real e imaginário são impressões que surgem e insinuam um roteiro do qual certamente nos perderemos.


 

 

A convergência das três matrizes desta mostra está na criação das frases visuais que formam o discurso urbano: alimentam o olhar distraído na janela do transporte público num momento de divagação ou mesmo o olho que busca um refúgio da mente acelerada. As imagens são, assim, familiares pois foram consumidas e geridas nesse útero que é a grande metrópole da qual viemos. E trazem a pulsação, tensão e intensidade desse cenário, carregam cheiros, velocidades, distâncias, vontades e muitos sons.


A presente mostra não traz paisagens urbanas mas suas informações primordiais, seu DNA, aquilo que gera o urbano.



 

Talvez aqui não se reconheça de imediato o grafite de uma empena cega que domina a paisagem, ou os rostos que observam o fluxo de passageiros do metrô ou ainda os murais de gravuras de grandes dimensões estrategicamente posicionados e este é outro aspecto (in)comum nesta trinca:  a conquista do espaço público urbano e as grandes dimensões. Também interessante citar o vínculo dos participantes com a região do Grande ABC, o que reforça a ideia da grande metrópole, além de suas ligações com outros centros urbanos ao redor do mundo.


 

A arte enfim sai do cavalete e do museu para cumprir seu papel: provocar, despertar, tocar, pegar na mão do transeunte, se misturar e se perder na multidão e nos tantos caminhos da metrópole.


 

 Instigar despertar excitar


  


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