TRINCA URBANA - DANIEL MELIM

 Confira ao final uma entrevista exclusiva com o artista e clique nas imagens para ampliar.















DANIEL MELIM
(SBC –SP)
Desde 2000 o artista visual vem desenvolvendo intervenções urbanas com a técnica do estêncil, resgatando este meio que tem como carga histórica a origem da Street art no Brasil. Além dos trabalhos nas ruas, Melim vem apresentando suas pinturas através de intervenção urbana em galerias e museus, no Brasil e no exterior, como Galeria Choque Cultural, Museu Afro Brasil, Memorial da América Latina, Bienal de Valência na Espanha, MASP e em outros espaços e instituições pelo mundo. Trabalhou como arte-educador em diversos projetos sociais na Grande São Paulo. Seu traço também virou ilustração para várias publicações como a Revista Caros Amigos, Ele e Ela, Le Mound, Defish (Bélgica) entre outras.



ENTREVISTA COM O ARTISTA

1- O que acha que permanece em seus trabalhos que já era uma preocupação do início da carreira?

“Acredito que tento manter e ao mesmo tempo renovar o meu estilo, mantendo uma característica particular como pesquisa da impressão principalmente através do stencil.”
 
2- Qual poderia ser o caminho para abrir um desenvolvimento cultural no país que pudesse seguir paralelo com a formação educacional?

“Eu acho que a inserção da arte e da arte-educação nas escolas como pontos base para um caminho amplo, tanto no desenvolvimento quanto na formação cultural do país.”
 
3- Assumiria um cargo num conselho de cultura no governo?

“Já participei de algumas ações para criação do Plano Municipal de Cultura de São Bernardo do Campo (SP), tanto na formulação de propostas quanto como delegado de cultural na plenária Estadual. Acho fundamental o ativismo e participação política não só dos artistas, de como toda população.”
 
4- O que você acha das exposições virtuais? 

“Acredito que há linguagens que funcionam muito bem no campo virtual e são desenvolvidas para isso, até mesmo para fins educativos. Nesse sentido acho que as exposições virtuais são uma ferramenta interessante. Mas em outros casos, a experiência física é difícil de transpor para essa mídia. Por isso é preciso entender muito bem os fins para a utilização desse meio, na minha opinião.”
 
5- Comente, qual é o seu ponto de vista sobre a tecnologia?
 
“A tecnologia vem como aliado a desenvolvimento da produção artística como também um meio amplo para a criação. Além de proporcionar o acesso a ferramentas importantíssimas para a criação.”
 
6- O que vem funcionando e o que veio para ficar?

“Dentro disso é difícil pensar o que veio para ficar, porque além da evolução constante dos meios, também é tudo muito recente. Mas acho que a animação, projeções e vídeo de uma forma geral são caminhos bem consolidados.”
 

7-  Sabemos que para o artista classificar um trabalho como "o mais importante" é difícil, mas dentre todas as suas produções artísticas existe algum que te marcou muito, por quê?

“Sem dúvida o Mural da Luz é um marco no meu trabalho. Mas o recente mural que desenvolvi para a Biblioteca Municipal Monteiro Lobato, em São Bernardo, com apoio da Lei Aldir Blanc, é uma obra importante para mim. Foi onde eu consegui explorar a arte pública de forma permanente, com a utilização de elementos da construção civil, como cimento, azulejo e relevos. Isso para mim é um marco.”
 
8- Como você classificaria o momento da arte atual que vivemos?  Percebe alguma ruptura? 

“É sempre difícil classificar isso, ainda mais no turbilhão que vivemos. Não vejo como um ruptura ainda, mas como um processo de percepção muito maior, principalmente com relação ao outro e a arte descentralizada de um eixo tradicional.”
 
9- Nos conte se em 2023 vem novos projetos, onde e o quê?

“Esse ano o meu principal projeto é trabalhar no meu novo ateliê, poder focar na pesquisa e no trabalho mais apurado.”
 
10- A arte pública é muito presente em suas obras, qual frase você deixaria para refletir sobre esse tema?

“Os meios são os fins!”




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