A TRANSÄLIEN

ENTRE A UTOPIA E O MISTÉRIO

Confrontos e embates nos dias gerando dor, sangue, perdas, separações. Intolerância, discursos de ódio, discriminação, fake news, censura, desaprovação, conflitos de interesses.  Noticiários diários de guerras, hostilidades internacionais, tudo isso parece tratar-se apenas de panoramas distantes?

Para a comunidade LGBTQIA+ são assuntos diários. Enfrentamentos e não aceitação dentro da família, escola, comunidade, trabalho, é uma rotina para essa parte da população que ainda hoje precisa falar e defender um de seus direitos mais básicos: ser e existir.

Sim, neste destaque não conseguimos separar Arte de Politica afinal a artista aqui presente defende direitos humanos básicos e aqui o enfrentamento se dá através da melhor maneira: em forma de convite/convivência pela arte interativa da música, da performance, da dança.

Em pesquisa rápida nas postagens recentes da web encontramos as postagens abaixo. A elucidação e desmistificação são necessárias para trazer luz a um assunto que insiste ser tão polêmico: o que cada um é, com seu corpo, sua vida. As notícias são participações ainda pontuais mas importantes por trazer informação e ponderação, instituir canais mais periódicos e exemplifica a necessidade de (in)formação.


Dentre diferentes maneiras de trabalhar isso, uma delas é ocupar espaços e afirmar seus direitos através da Arte, em múltiplas linguagens. A Arte, essa linguagem universal que derruba barreiras sendo usada como arma para promover conciliação, política de reparação, correção e melhoria.

Transitando entre a utopia e o mistério, A TRANSÄLIEN é uma multiartista pernambucana radicada em São Paulo, produtora cultural, curadora, corpo-espetáculo, DJ, idealizadora da Coletividade MARSHA! e articuladora pelos direitos das pessoas Trans e Travestis no Brasil.

Desde 2015 Ana Giselle dá vida A TRANSÄLIEN, sua primeira grande criação: uma (id)entidade que utiliza de máscaras como dispositivos de transmutação às infinitas faces, uma estratégia para driblar o domínio do inteligível em favor da liberdade de brilhar outras formas de presença.

Estuda na pele a estranheza do mundo em contato com sua performatividade pós-humana, compreendendo a própria vida e seus movimentos enquanto fenômeno e manifestação artística.


Em 2015 criou na cidade do Recife a política de inserção "Lista TRANSFREE", na qual promove entrada gratuita para pessoas trans e travestis em eventos privados, atualmente implementada Brasil afora pela simbiose entre essa população alegre e divertida e seu direito à cultura e lazer.

Atuou em algumas das principais festas e festivais do Brasil como Mamba Negra, Batekoo, No Ar Coquetel Molotov, Saturnália, SP NA RUA 2017, 2018 e 2019 enquanto DJ, performer e produtora.

Participou de exposições coletivas tais como ‘Performative Acts of the Everyday’ na Defibrillator Gallery em Chicago (2020), 15º Salão Nacional de Artes de Itajaí (2021), ‘’Um Século de Agora’’ no Itaú Cultural (2022). 

Em 2021 foi premiada no 18º Território da Arte de Araraquara e Prêmio Arte Contemporânea na 14ª Grande Exposição de Bunkyo pela obra ‘’DivinA’’. Ainda em 2021 foi contemplada no edital PROAC Expresso LAB na categoria Premiação por Histórico em Artes Visuais, na qual desenvolveu o Laboratório e Exposição virtual intituladas ‘’As Máscaras Que Habito’’. 

Assinou a curadoria da ‘’TRANSVISUAL’’ no Centro Cultural São Paulo (2020): primeira exposição online do Brasil inteiramente composta e organizada por pessoas trans, Edital Natura Musical (2021), Exposição ENCANTADAS no Schwules Museum em Berlin (2022), Virada Cultural de São Paulo (2022), Casa Elke (2022) e em 2023 performou na 35ª Bienal de São Paulo juntamente com Flip Couto, Preto Teo e Sheyla Ayo.

Nas palavras de @ivanbaron "Direitos humanos para todas as pessoas é construir uma sociedade que caiba todo mundo, que ninguém fique para trás, que a gente consiga levar informação com segurança, com responsabilidade social, para que todo mundo se aproprie dos seus direitos, que é universal."

Este é (um dos) o mote de A TRANSÄLIEN.

CONTATOS:

@atransalien

atransalien@gmail.com

FONTES:
www.atransalien.art
www.sesc.org.br
www.uol.com.br
www.veja.abril.com.br
@ivanbaron
@bbcbrasil
@revistapiaui

Comentários

  1. Tabique e a diversidade! Amo o trabalho de vocês! Parabéns, Mazé e Helder!!!

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    1. Obrigado pelo apoio! Arte e diversidade são quase sinônimos! Sensibilidade pra ver isso! Abraço 🤗

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