IMPRINTING
"Série onde utilizo carimbo com uma única figura combinando-a com ela mesma, elaborando assim diversos desenhos.
(clique nas imagens para ampliar)
(entrevista com a artista ao final da página)
O processo consiste em elaborar um quadriculado no suporte para orientar o deslocamento do carimbo, transfigurando a forma matriz.
Os títulos enfatizam o processo de execução metódico e matemático do trabalho: Figura 1 e figura 1 espelhada virada 90 graus sobreposta e alinhada à base e à esquerda.
Este processo vem se desdobrando em diferentes escalas e suportes: gravura, instalação, desenho, escultura, vídeo, áudio e animação."
NOVOS E VELHOS CLICHÊS PARA ERA CONTEMPORÂNEA
"Este trabalho surgiu da observação de discursos realizados a fim de defender e esclarecer ideias,
usando expressões que funcionam como códigos que determinam estereótipos, condutas de pensamentos e ações que se perpetuam."
QUE CULPA É ESSA?
"Trabalho de intervenção em espaços externos em que colo cartaz com meu retrato onde a frase que dá nome ao trabalho está carimbada nas minhas costas."
ENTREVISTA
1- O
que acha que permanece em seus trabalhos que já era uma preocupação do início
da carreira?
“Não é
uma preocupação, mas um interesse meu é colecionar e catalogar padrões, que
podem ser de ordem estética, comportamental, de linguagem”
2- Sabemos
que para o artista classificar um trabalho como "o mais importante" é
difícil, mas dentre todas as suas produções artísticas existe algum que te
marcou muito, por quê?
“A
maioria dos meus trabalhos são desenvolvidos por séries, e há uma delas que me
projetou mais que é a série Imprinting. Ela se destaca pelo tempo em que venho
desenvolvendo trabalhos em diferentes plataformas (gravura, desenho digital,
animação, vídeo, instalações, áudios, jóias)”.
3- O
que você acha das exposições virtuais?
“Penso
que são ótimas possibilidades de acesso ao trabalho de muitos mais artistas”.
4-
Qual poderia ser o caminho para abrir um desenvolvimento cultural no país que
pudesse seguir paralelo com a formação educacional?
“Muitos
artistas e instituições trabalham na formação de público, porém isso tem um
alcance mínimo e com reflexos muito localizados. Eu penso que neste caso a
mudança tem que ser estrutural mesmo, a educação formal deveria ser
reconfigurada para que a cultura e o conhecimento produzidos nesta área façam
parte do cotidiano das pessoas. Não dá pra delegar pros agentes da arte este
movimento, tem que ser um trabalho pra coletividade, afinal – teoricamente -
uma sociedade mais informada pensa melhor e toma decisões mais assertivas”.
5- A
intervenção artística é muito presente em suas obras, qual frase você deixaria
para refletir sobre esse tema?
“Se
desfaça do estigma da frase ‘não entendo de arte’, abra espaço para “ler o que
não está escrito” e construir conhecimento com as próprias referências, pois
elas que te fazem única(o)”.
BIOGRAFIA
CRISTINA SUZUKI
Nasceu em São Paulo e vive em Santo André/SP
Exposições Recentes: 2023 – Negócio da China – Museu de Arte de Blumenau, SC; 2022 – Papel de Pão – Memorial Getúlio Vargas - Curadoria Shannon Botelho – Rio de Janeiro, RJ; OCUPAÇÃO – Salão de Exposições do Paço – Texto Nancy Betts – Santo André́ SP; 2021 – Ocupação Espaços Funarte SP; 2020 – Padrão – Zipper Galeria – S. Paulo, SP; 2018 – Figura 1 e figura 1 espelhada alternadas – Galeria de Arte Digital do SESI – S. Paulo, SP; 2017 – Fig. 1 e Fig. 1 espelhada alternadas – Adelina Galeria – S. Paulo, SP; Coletivas: 2023 – Dar Bandeira – Villa da Ladeira – curadoria Shannon Botelho – Rio de Janeiro, SP; 2022 – O Tempo das coisas – Centro Cultural Correios RJ; 2020 – Festival Arte como Respiro do Itaú Cultural; Prêmio Funarte RespirArte; 2011 - 39o Salão de Arte Contemporânea de Luiz Sacilotto – S. André́, SP; 2009 - Programa Anual de Exposições MARP – Rib. Preto, SP; 2007 - Arte Pará – Belém, PA; 2006 - Bienal do Recôncavo – São Félix, BA.
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